segunda-feira, 17 de março de 2014

Há dons e dons

E eu tenho o da invisibilidade: hoje chego ao trabalho e faço as honras do costume, nisto alguém que estava enfiada num buraco às escuras no escritório dos fundos, como as cobras no covíl, sai do buraco, passa por mim e eu "Bom dia vaca" (em vez de vaca disse o nome dela) e ela nem piu, nem miu nem put* que a pariu, passou a todo o gás e saiu porta fora.
Antes dela pisar o exterior, já eu estava a rir à gargalhada, não me controlei.

Tenho como prioridade de vida a boa educação que me transmitiram ao longo da minha existência, e em vez de ficar furiosa isto dá-me para rir, coitada, nem bom dia consegue dizer... Só porque não gostou que eu colocasse as cartas na mesa? Temos pena. Disse o que pensava, que a situação na empresa está uma porcaria e que a contratação dela devia ter servido para nos ajudar e muito pelo contrário, só derrapou ainda mais.
Verdade? Sim é verdade. E se alguém algum dia pensou que eu tivesse coragem de o dizer? Talvez não, mas disse, sem usar asneiras, sem dar socos na mesa e sem fazer peito a ninguém.

Agora acha mesmo que me castiga em não me dirigir a palavra, coitada, é uma triste!

E eu sou invisível! :D

2 comentários: