domingo, 29 de setembro de 2013

Perspicácia

Devia de haver um botão para desligar o poder de perceber coisas, sem as quais seriamos muito mais felizes! 
Porque raio fui eu herdar tamanha perspicácia. Às vezes dá jeito, é certo, mas outras só serve para nos dar aquele nó... 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ser gaja meia-gajo e ter um amigo gajo meio-gaja


Temos a mania de colocar tudo no mesmo saquinho: "As mulheres são todas umas líricas, apaixonadas sem cura, gostam todas de rosas, gatinhos fofinhos* e cães minúsculos, gajos amorosos e romances infindáveis". E os gajos, bem esses "são uns pinadores, filhos de uma grande senhora, andam com 3 ou mais ao mesmo tempo, só nos querem despidas e a gemer, só querem quem lhes coce as costas e lhes faça macarrão com chouriço".

Pois bem, assim como há salas que não são quadradas, e linhas que não são rectas, há mulheres que querem outras coisas e nem todo o gajo é um animal procriador (mesmo que não tenha as crias).

E um amigo meu que apaga as amigas do facebook e apaga os números quando deixam de lhe interessar, (coisa mesmo feminina, essa do "odeio-te tanto que te vou eliminar de todo o lado") diz que quando ela não lhe liga é porque não tem interesse.
Aí, o meu lado gaja teve que lhe explicar: há mulheres, que eu sei que as há, que mesmo que gostem, muito que tenham ficado de quatro, até ter a certeza absoluta (coisa que só acontece com cerca de 7500 provas dadas) é que admitem que estão apaixonadas, até lá, pode morrer por dentro, pode chorar baba e ranho, pode encharcar a almofada, suspirar pelo perfume dele, e até abraçar o gato e chamar-lhe Joaquim Ambrósio e fingir que está a falar com o gajo, mas NUNCA na vida admite que está apanhadinha.
Por isso, demora a responder às mensagens, não tem a iniciativa do contacto, não liga, não pergunta e mostra total desinteresse...

No fundo, o desinteresse que tenta passar é proporcional ao tamanho do espalhanço que já se sucedeu, mas os gajos, ou pelo menos este meu amigo não entende isso, lê a coisa sem códigos: não liga é porque não quer! E adeus facebook, adeus número, adeus tudo...

Oh meu amigo, nós (pronto, admito que sou destas) queremos que vocês corram atrás, que tomem a iniciativa que queiram estar e ficar por vontade própria.

E depois há as tipas que não querem nada disto, que querem um macho apenas para lhe saltar à espinha e estão-se a marimbar se o moço tem sentimentos e a conjugação imperfeita está quando em vez de um Don Juan, lhes calha um Carlos Maria super romântico e com ideias de casar e ter 6 filhos... Lixou-se!!

Depois há aqui umas diferenças: uma coisa é evitar entrar em contacto, mas quando abordada fazer um certo charme, mas não negar um encontro, outra coisa é negar sucessivamente a proximidade, aí meus amigos entendam mesmo que é um NÃO e não há volta a dar. E aí admito que sou meia-gajo, não tenho cá frifrufrus a dizer que não. Não tenho aquela subtileza das minhas amigas, ah e tal se calhar hoje não dá, e se insiste muito recebe um "não dá porque não quero sair contigo".


* Eu tenho o gato, mas é dos buédamaus, que eu não alinho em panisguices!

O desporto

Começar o dia de chouriço no meio das pernas não tem aquela piada que se pensa.

Isto de ter tido a ideia brilhante de me inscrever nas aulas de natação da manhã tem disto, fazer o aquecimento com chouricinho para acompanhar os 10 idosos (muitos idosos) que partilham a aula comigo.

Felizmente o professor mete-me numa pista sozinha e ainda diz que é a "pista dos ferraris". Já me desafiou para eu seguir para a competição, e eu ri-me pensei "coitado, a inalação diária de cloro fodeu-lhe os neurónios", e lembra-se de me meter a nadar crawl a respirar de 9 em 9 braçadas.

NOVE EM NOVE!!!!

Ou fico de alto rendimento ou vai-me saltar um pulmão...

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Depilação

Na família Saloia os filhos da mãe dos genes baralharam-se todos e deram ao meu irmão uma pele de bebé, com pouco pelo, nada de pelos nas mãos, nas costas, nas orelhas, no nariz, ele é um príncipe, três pelitos no peito, uma risca do umbigo para baixo, as pernas normais com pelo, mas em moderado.
Já eu e a minha irmã temos os pelos dele e dos 20 irmãos homens que nunca tivemos...
Pronto, também não é assim tão mau, mas somos gajas morenas e o nosso irmão é loiro, e com algum pelo, nos braços, no rosto, as sobrancelhas, ou melhor A sobrancelhA grossa, digo A, porque teríamos somente e apenas uma caso não a arranjássemos.

Lembro-me quando comecei a crescer que tinha um enorme trauma com os pelos...
 Depois vinham os iluminados e ah e tal com o sol disfarça... Disfarça o caneco, pelo preto e grosso não fica claro só de olhar para o sol.
 Por isso desde cedo me introduzi na depilação, uns anos com gillette e a coisa prometia não ficar nada bonita, mais a prática de natação que exigia pele de bebé o ano todo, até que comecei a fazer com cera, depois adquiri uma máquina de roll on e uma máquina depilatória (daquelas que arranca um a um) e fazia em casa.

Com a idade a quantidade de pele que via cera ia aumentando, até começar a ir aos braços e tudo e tudo e tudo...

Declarei odeio de morte a todo e qualquer pelo que não fosse pestana, sobrancelha (apenas o aceitável) e o cabelo, claro...

Por isso assim que pude fiz o investimento da minha vida, a depilação definitiva e eis que a felicidade voltou a pairar em mim.

Desde há 2 anos para cá é ver-me o verão todo de calções e saias, ir par a praia e piscina sempre sem preocupação, uma maravilha.

Ainda estou a fazer algumas sessões, já que é para ser que fique perfeito, mas posso dizer que nas axilas tenho dois pelos fraquinhos... As coxas demoram  mais um pouco, mas vão lá, ai vão vão.

De qualquer forma o pelo que ainda resiste não incomoda ninguém... falo de mim somente e apenas de mim, claro! lol

No entanto, este trauma dos pelos ainda hoje me assombra e dou por mim a ter sonhos nos quais eu estou de manga à cava levanto os braços e estou cheia de pelume. Nem adianta dizer que quando acordei a primeira coisa que fiz foi analisar as axilas ao espelho!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Coisas parvas

Sim, eu tenho um iphone.
Sim, eu tenho seios.
Não, eu não ando a fotografar os seios saltitantes para testar a câmara do iphone!!!


Seios Saltitantes aqui


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A nazi do Sushi

Assim como há um nazi da sopa no Seinfeld, eu e um grupo de amigas descobrimos a nazi do sushi no Porto.

Ah e tal, vamos comer sushi, que temos saudades. Para começar, o restaurante que havia aqui mais perto fechou, logo agora só comemos peixinho vivo, ai perdão, cru (engano-me sempre) no Porto.

E lá fomos nós, dois amigos meus falaram-me em dois sítios um é o Zen, em Matosinhos e outro o Teppan na Boavista.

A minha amiga S. já tinha ido a um bom e barato, daquele de buffet comer até rebolar que nem as focas (a comer peixe cru), e pagar somente aquilo, na Boavista.
Pois bem, estacionamos à frente do tal Teppan e eu volto a perguntar "não querem experimentar antes este o "coiso" costuma cá vir e diz que é muito bom".
Mas decidimo-nos pelo Tokyo... maldita a hora e a partir daqui passo a descrever o quão eu temi acabar cortada às postas, com ovas e algas a enfeitar-me numa tábua, regada com molho de soja.

A senhora dona japonesa é de uma simpatia gritante, entendo que não fale português, ok, mas escusava de atirar as bebidas como se fosse um concurso para medir a intensidade do murro.

Depois começa a trazer a comida e traz coisas que não pedimos, e não traz coisas que pedimos, tentamos alertar e ela sacode com a mão como quem diz: "Comam o que vier e não me chateiem!"
No entanto, apercebe-se de um erro e vem à nossa mesa buscar duas travessas que afinal não eram para nós...
Nós tentamos avisar sua besta!!!!!
Mas nem um sorriso, nem um desculpe lá qualquer coisinha, nada... com a maior das arrogâncias.


Fizemos um novo pedido e a puta da mulher teimava em trazer coisas que não tínhamos pedido, ora quem é que vai ao japonês pedir cogumelos? Ainda por cima dos enlatados, porra para comer cogumelos como em casa, tentámos dizer que ninguém ali queria cogumelos... não resultou, trouxe mais duas travessas e nós a rebolar já e a tentar que ela visse que tínhamos peixinho a sair pelos olhos e que era mesmo melhor PARAR de trazer comida que NÃO tínhamos pedido.


Mais uma vez a avisámos, e dissemos, pode parar que não queremos mais nada e ela, volta a sacudir o braço, mas desta vez com um ar de "ou te calas ou ficas sem um perna"... Medonho...

Eu palhaça, faço cara de choro e finjo estar com os sentimentos feridos, a outra mesa a apreciar, até que percebemos que eles estavam a olhar não para nós mas para a comida... e alguém lhes pergunta se era a comida deles e não é que era???

Ah, que gaja burra... A S. levanta-se e vai de servir a outra mesa...



Ainda há o episódio da A. abrir a porta porque estava calor, a senhora fecha-a com toda a força do mundo, e olha com ar de quem nos vai sacar as tripas fora e passados 5 minutos, vai e abre a porta sem ninguém de dizer nada.
Chalupa o raio da mulher.


Ainda há o episódio da coca-cola que ninguém trouxe, mas nós queríamos muito.


E a cereja em cima do bolo, nós a preparar para escolher uma sobremesa e café e a nazi espeta-nos com a conta à frente, sem ninguém ter pedido nada!!

Melhor, ainda se mete a contar o dinheiro nas minhas fuças com ar de má, diz quem viu que a minha cara e da minha amiga ao meu lado era de quem a ia matar...


Fica a história para contar. O sushi era bom, o atendimento zeus nos livre. Ninguém arriscou ir à casa de banho, não posse acabar em sashimi.

Na despedida, eu armada em simpática, virei-me para ela e disse Boa Noite e ela a arrumar uma cadeira ao pontapé... toda uma delicadeza de Gueisha... (NOT)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Afinal ele tem tomates!

Ontem, num almoço estávamos a falar de gatos que se atiram das janelas e varandas de apartamentos e eu contei que o meu gato louco já tinha caído de um terceiro andar, mas que entretanto ganhou juízo e agora noutra casa e num segundo andar, com uma varanda de grades onde ele passa, não havia tragédias a registar.
Ao que me respondem: "Claro, capaste-o ele não tem tomates para fugir de casa!"

Enganam-se... e muito...

Num rasgo de loucura, ainda ontem abro a porta de casa e ele parecia uma flecha, sai disparado, directo às escadas do prédio... gelei, avancei direita a ele e só o consegui apanhar pelo rabo.


Não foi bonito e se chamam a segurança social, fico sem a criança... Mas antes puxar-lhe o rabo que ter que ir fazer caça ao gato com calção de pijama pela bordinha do cu.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eu não sei

Saberemos nós na realidade o que queremos?
O bicho humano não nasceu para estar sozinho, dizem, e confrontada com a pergunta do: então e agora? o que se segue?
Eu não sei!!! 

Confesso que quero sinceridade acima de tudo, seja de quem for, mas depois quando ela me é dada da pior forma, no pior contexto, na pior altura e quando tudo diz o contrário das palavras ditas, eu agradeço a sinceridade, mas não se esquece a dureza de o ouvir no sítio e momento errado.
Portanto, será que quero mesmo sempre a verdade acima de tudo? Hum...

Friamente digo que quero estar sozinha, mas será que quero mesmo não ter ninguém com quem partilhar um mimo, uma intimidade, um carinho? Ou apenas tenho medo de me envolver, de me apegar?

Não quero ter obrigações para ninguém, não quero lavar cuecas de ninguém, ter a preocupação de fazer o jantar a horas e de seleccionar algo consensual, mas e o cozinhar por gosto, por orgulho para mostrar os dotes e o fazer um doce para poder fazer alguém sorrir, ou simplesmente um pensei em ti e dediquei-te este tempo. Não é bom?
Não sei!

E o arranjar-me todos os dias o melhor que sei e consigo e não ter em casa quem me diga: "uau". Mas e se em vez de um "uau" vem um "vais assim vestida???" ou pior: "não me digas que foste para a rua assim????".

Este é o "lado lunar" da coisa e que me causa calafrios, que me causa anti-corpos e que por isso não quero nem deixo que ninguém se aproxime:
O ouvir críticas constantes ao nariz grande, à celulite, ao rabo pequeno, às mamas que já não estão onde estavam aos 20 anos, às estrias, ao falar alto demais, ao rir demais, ao falar demais, ao dormir demais, simplesmente não é concebível. E prefiro não ter nada, que correr o risco de ter isto, algo que apenas me corta o ego em fatias.

No entanto esta ambiguidade e esta frieza têm afastado algumas pessoas, algumas graças ao senhor, que as leve em paz para a nave de onde saíram e nunca deviam ter aterrado na minha proximidade, outras não sei, nem nunca vou saber... Mas por mais que queira dizer um "sim, vamos jantar", não me sai... A resposta é sempre "ah e tal hoje não dá".
Por mais que me perguntem, "estás em casa?" Sai-me sempre uma desculpa: "estou mas acompanhada", "estou em limpezas, logo ocupada", "estou a escrever um texto importantíssimo e não posso parar", "estou engessada e não consigo abrir a porta", "o gato comeu-me a chave"... qualquer coisa!
No fundo, eu minto-me a mim mesma, impeço-me de me dar e quando dou, não dou tudo, mesmo que queira, não consigo, passo muitas vezes até a ideia errada, que sou uma cabra egoísta e fria.Mas na verdade não é frieza, é medo, é medo de me envolver e ouvir um "sabes tu és mesmo fixolas, mas eu também ando a comer a Maria Joaquina e se encontrares cabelos loiros de 50 cm na minha roupa não te enerves".
Porque os fofinhos e românticos me sufocam e me arrepiam e não me atraem e porque os safados e trastes têm sempre mais piada, mas depois... sabemos que levamos com ele e com uma manada de vacas com quem ele anda!!!

Por isso, fica a minha indecisão: Não sei o que quero, mas sei que não é por aí!!!


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Trabalha que só te faz bem


Quando defino objetivos de vida normalmente a coisa revela-se uma desgraça... Sem lamúrias, mas devia contratar alguém que pudesse decidir por mim.
Até hoje só há uma coisa que acho que decidi mesmo muito bem, contra o facto de o meu pai jurar que decidi mal, foi na minha formação. Optei por me formar numa área em que adoro trabalhar.
Ser jornalista era um sonho de criança, não ganho dinheiro nenhum de jeito (ao contrário do que oiço, "ui jornalistas é só dinheiro e glamour", pois o glamour está em nós ou não, o dinheiro... em mim não está com muita pena), apesar de trabalhar que me lixo, horas a fio, de pé, carregada, a correr, de ouvir as coisas por vezes mais injustas do mundo, ainda assim eu gosto disto e neste momento se não tivesse esta adrenalina da profissão, este gosto de trabalhar, esta ocupação, possivelmente não teria nada!

Longe dos que me são mais queridos, agarro-me ao trabalho e aos amigos, e aqui no Norte os amigos são outra coisa... De Lisboa guardo duas grandes amizades, os resto são conhecidos. Aqui os amigos são mais fáceis de se multiplicar, de se manter, de sermos amigos.

Tenho vários grupos, em zonas geográficas diferentes e tento estar em todos, e vou conseguindo e sempre que preciso... seja quem for, de onde for... eles estão sempre aqui para mim...

Depois de num fim-de-semana ter trabalhado que nem uma escrava e de fisicamente estar ainda a recuperar, sinto-me bem. Tenho emprego, as coisas não estão como deveriam estar, mas acredito que tudo volte ao normal e breve prazo e que o ordenado passe a ser mensal e não bimensal. Ainda assim, mantenho-me ocupada, sinto-me útil e sinto que faço falta quando a entidade máxima da região sente a minha falta se me atrasar, ahahaha.

E isto de ser acarinhada, ser respeitada e até admirada por alguns, faz-me bem e não sei se há coisa melhor. ;)




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Vamos lá a animar

Vamos lá a colocar qualquer coisa estúpida para este cantinho não cair num poço de lamentações.

Este fim-de-semana vou ter tanto trabalho, seguido e nos dois dias e o dia todo que ao olhar para a minha agenda sinto um misto de vontade de chorar (porque não posso dormir de manhã, logo é melhor nem sair à noite, logo lá se vai a vida social) e vontade de rir ao pensar no rally que vai ser e no quão feliz a Prio vai ficar, com o meu contributo brutal para a economia da gasolineira.

Ocupadinha para não pensar em disparates (não era uma das teorias do Salazar?)

:D



terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Solidão

Citando: 
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma". 



Diz que é do Chico Buarque e ao ler percebi então que me preciso de encontrar, porque realmente não sinto necessidade de companhia, não tenho falta de amigos, não me sinto só por falta de gente, mas sinto-me ausente de qualquer coisa, e ao ler isto, por mais estúpido que possa parecer, percebi que o que me falta é procurar-me e encontrar-me, é isso que me tem anestesiado... 

Ando num estado de apatia que até tem despertado alguns alertas nas pessoas mais próximas, mas não consigo ter aquela euforia do costume, já o disse aqui, que não entendia o porquê de agora me estar a acabar o gás, de ter ficado mais pensativa e introspectiva, de repente falta qualquer coisa, o óbvio será dizer que me falta alguém... Mas não é isso de que eu sinto falta, companhia não me falta, sentir que gostam de mim também não, mas continua a faltar.

Preciso de perceber onde estou e para onde vou a seguir, agora que começo a perceber de onde vim, e onde estive, agora que me caiu a ficha do virar de página, agora que percebo que precisamos de qualquer coisa que nos faça vibrar, mais do que de um alguém. 

Preciso do meu tempo para assimilar o muito que me tem atropelado, só isso. E quando digo muito é muito mesmo, que nunca me derrubou, que nunca me fez deixar de sorrir, que nunca me encostou às boxes, mas desta vez e depois deste "muito" acalmar é tempo de parar e pensar: "mas que raio ando eu a fazer da minha vida para tudo dar sempre tão errado".

Acho que é o cansaço do fracasso, é o basta ao imprevisto... parei e vou ficar assim, parada até perceber de que forma posso voltar a arrancar sem cair de um arranha-céus de 30 andares. Sei que a vida sem precalços não teria piada, mas está a perder é a piada de não ter mais nada senão precalços. Estava mesmo na hora de começar a correr bem...

Até lá fico-me com a minha "solidão" em busca da minha alma, da minha essência, do meu querer e da minha vontade de continuar, até lá fico quieta para não fazer asneiras. 


sábado, 7 de setembro de 2013

Sobre o piropo

Diz o RAP
"Um piropo não leva a lado nenhum, é como dizer, eu quero comer um bitoque, mas agora não posso!" 

Pois, o raciocínio está certo, os piropos nunca conseguem atingir o seu propósito, aliás conseguem o efeito contrário... :) Diz ele que nenhuma senhora se virou para trás e sugeriu concretizar o dito sonho ao senhor do piropo, pois é uma verdade, nunca se viu um piropo a virar prática.

Mas atenção, acho que são para manter!

O piropo que recebi a semana passada por um senhor que deve auferir um ordenado que equivale a vários meses de trabalho meu, que tem um estatuto de mega tudo e mais alguma coisa e que me chama helicóptero e não dado como satisfeito ainda vai mais longe e explica: "és tu, gira e boa..." Só me serviu para arrancar uma monumental gargalhada ao meu melhor amigo... E sempre que me lembro disto... Não consigo parar de rir, num misto de horror e piada!

Viva o piropo lançado do quinto andar do andaime, mesmo quando não vem das obras!!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Este gato...

... Faz-me parecer demente!

Hoje acordei com uma bola de papel dentro da cama! 
Pareço aqueles coleccionadores de lixo, a diferença é que não sou eu... 
É ele!!!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Frases feitas



"O facto de não podermos beijar o próprio cotovelo é o suficiente para nos fazer perceber que algumas coisas parecem estar tão perto, mas estão para além do nosso alcance".


;)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Os murros no estômago

Tenho a mania que aguento tudo e mais alguma coisa, eu é que sou valente, ainda por cima tenho alguns amigos e familiares que me fazem acreditar na minha heroicidade.
No entanto, aguento a maior turbulência na vida, os maiores socos no estômago, os maiores desgostos, as maiores facadas, as maiores desilusões, as maiores frustrações... aguento, vergo mas não quebro e mantenho-me de pé.

Até ao dia em que sem motivo aparente, uma ligeira brisa desfavorável parece me soprar ao ouvido e eu desmorono... Não pela brisa, porque essa nem vale a pena, porque se valesse não me tentava puxar o tapete...

Mas cedo por todo o peso que aguentei, por tudo o que nunca chorei, pelos risos forçados, pelo "a sério eu estou bem" quando não era, nem viria a ser verdade...
E tento a todo o custo perceber o porquê de me ter ido tão abaixo nos últimos dias e não entendo, tento encontrar qualquer coisa que me faça vibrar e não encontro.

Só sei que ando intolerante, impaciente, antipática e apática. Não me apetece aturar certas pessoas, não me apetece ver e ouvir certas coisas, não me apetece ter de partilhar o meu espaço nem os meus pensamentos.
Sinto uma revolta por logo agora a tristeza, o cansaço e o mau feitio se terem apoderado de mim.


Só tenho a dizer que não é que nos é dito, ou feito, mas o contexto... esse sim, faz toda a diferença e pode tirar-nos o sono a valer.


Não sei se espero para ver o que acontece, ou se salto fora do barco...