segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A nazi do Sushi

Assim como há um nazi da sopa no Seinfeld, eu e um grupo de amigas descobrimos a nazi do sushi no Porto.

Ah e tal, vamos comer sushi, que temos saudades. Para começar, o restaurante que havia aqui mais perto fechou, logo agora só comemos peixinho vivo, ai perdão, cru (engano-me sempre) no Porto.

E lá fomos nós, dois amigos meus falaram-me em dois sítios um é o Zen, em Matosinhos e outro o Teppan na Boavista.

A minha amiga S. já tinha ido a um bom e barato, daquele de buffet comer até rebolar que nem as focas (a comer peixe cru), e pagar somente aquilo, na Boavista.
Pois bem, estacionamos à frente do tal Teppan e eu volto a perguntar "não querem experimentar antes este o "coiso" costuma cá vir e diz que é muito bom".
Mas decidimo-nos pelo Tokyo... maldita a hora e a partir daqui passo a descrever o quão eu temi acabar cortada às postas, com ovas e algas a enfeitar-me numa tábua, regada com molho de soja.

A senhora dona japonesa é de uma simpatia gritante, entendo que não fale português, ok, mas escusava de atirar as bebidas como se fosse um concurso para medir a intensidade do murro.

Depois começa a trazer a comida e traz coisas que não pedimos, e não traz coisas que pedimos, tentamos alertar e ela sacode com a mão como quem diz: "Comam o que vier e não me chateiem!"
No entanto, apercebe-se de um erro e vem à nossa mesa buscar duas travessas que afinal não eram para nós...
Nós tentamos avisar sua besta!!!!!
Mas nem um sorriso, nem um desculpe lá qualquer coisinha, nada... com a maior das arrogâncias.


Fizemos um novo pedido e a puta da mulher teimava em trazer coisas que não tínhamos pedido, ora quem é que vai ao japonês pedir cogumelos? Ainda por cima dos enlatados, porra para comer cogumelos como em casa, tentámos dizer que ninguém ali queria cogumelos... não resultou, trouxe mais duas travessas e nós a rebolar já e a tentar que ela visse que tínhamos peixinho a sair pelos olhos e que era mesmo melhor PARAR de trazer comida que NÃO tínhamos pedido.


Mais uma vez a avisámos, e dissemos, pode parar que não queremos mais nada e ela, volta a sacudir o braço, mas desta vez com um ar de "ou te calas ou ficas sem um perna"... Medonho...

Eu palhaça, faço cara de choro e finjo estar com os sentimentos feridos, a outra mesa a apreciar, até que percebemos que eles estavam a olhar não para nós mas para a comida... e alguém lhes pergunta se era a comida deles e não é que era???

Ah, que gaja burra... A S. levanta-se e vai de servir a outra mesa...



Ainda há o episódio da A. abrir a porta porque estava calor, a senhora fecha-a com toda a força do mundo, e olha com ar de quem nos vai sacar as tripas fora e passados 5 minutos, vai e abre a porta sem ninguém de dizer nada.
Chalupa o raio da mulher.


Ainda há o episódio da coca-cola que ninguém trouxe, mas nós queríamos muito.


E a cereja em cima do bolo, nós a preparar para escolher uma sobremesa e café e a nazi espeta-nos com a conta à frente, sem ninguém ter pedido nada!!

Melhor, ainda se mete a contar o dinheiro nas minhas fuças com ar de má, diz quem viu que a minha cara e da minha amiga ao meu lado era de quem a ia matar...


Fica a história para contar. O sushi era bom, o atendimento zeus nos livre. Ninguém arriscou ir à casa de banho, não posse acabar em sashimi.

Na despedida, eu armada em simpática, virei-me para ela e disse Boa Noite e ela a arrumar uma cadeira ao pontapé... toda uma delicadeza de Gueisha... (NOT)

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