quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Optimista irremediável

O ano passado foi uma valente merda.
E não me venham com a história que o ano não é mau, quem é má és tu, que me dá logo os calores e sou menina para me enervar.

Em 2013 percebi que o meu relacionamento de quase 9 anos tinha chegado ao fim, estava em cuidados paliativos e por mais que quiséssemos que desse certo, tinha morrido. Então há que assumir a derrota, e começar de novo enquanto ainda não somos os dois feios, gordos e enrugados.
Saí de casa, comecei do zero... Antes dos 30 já tinha casado e descasado. Vivo agora sozinha e a 300 km da minha família.
Sempre tive uma postura de superioridade relativamente ao que vai acontecendo, mas isto foi um golpe que me esventrou as entranhas, que me levou a dias de apatia sem explicação e a muito pouco choro, admiravelmente.

Consegui controlar-me, trabalhar sem falhar nunca, tomar as rédeas da minha vida e perceber que havia muito mais a correr mal.
Com ordenados em atraso e a viver sozinha vivi dias de desespero, aí sim, chorei que me regalei pela injustiça e pela impotência.

Outros problemas me seguiram ao longo do ano, más notícias em modo castelo de cartas, mas ainda assim fui-me mantendo.

É certo que foi um ano onde a amizade me salvou, foram os meus amigos que substituiram  a família que perdi e a minha que está longe.
Em casa de várias amigas tive sempre um lugar na mesa para mim, tive sempre companhia quando me senti sozinha. E em muitos momentos fiquei sozinha porque precisava e sempre me respeitaram o espaço.
Foi o ano em que embora internamente ninguém me reconheça o mérito, fui reconhecida por escrever bem. E isto elevou-me o Ego de forma gigante. 

Acredito que tenho tudo para dar a volta por cima, tenho pessoas, tenho força e tenho acima de tudo optimismo e a crença que tudo irá dar certo.

Por isso enterro 2013 como um ano de altos e baixos, de muita lambada na cara, de muita desilusão, de muita insegurança e incerteza, de muita solidão, de muita tristeza, mas um ano de excelentes momentos, de carinho surpreendente de quem nem esperava e um ano de muita aprendizagem, aprender a gerir coisas que nunca pensei, aprender a manter-me de pé quando me falta o chão e aprender a fazer "omeletes sem ovos".

Começo 2014 com optimismo, mas sem grandes ilusões ou ambições... Que seja o melhor que eu conseguir fazer dele!

4 comentários:

  1. Olha... Paz à sua alma digo eu ao 2013.
    Ainda bem que encaras com optimismo.
    Força para a frente porque para trás mija a burra.
    : )

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  2. Acabei de "te" descobrir e fiquei rendida logo às primeiras palavras. Depois, vim cuscar as publicações mais antigas e fui encontrando pontos em comum... Aqui, não resisti a deixar uma palavrita: às vezes, os anos maus são só a preparação para algo de muito bom... também saí de uma relação de 9 anos por volta dos meus 30's... e logo a seguir, vivi alguns dos melhores anos e encontrei o homem da minha vida. Portanto, não deixes de acreditar em melhores dias ;)
    Desculpa o testamento ;)
    beijinhos e tudo de bom!

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  3. Obrigada :)
    Acho mesmo que sol vai voltar a brilhar... Vamos ver! ;)

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