quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A saudade

Às vezes amigos perguntam-me em modo de brincadeira: "Tiveste saudades minhas?"
E eu respondo sempre um "Sim", cheio de convicção.

Mas na verdade, não é verdade.

A vida tem me afastado de muitos os que me são importantes, a distância passou a ser algo banal na minha vida e a saudade passou a ter uma dimensão diferente, profunda, só minha, só nossa (partilho-a com quem partilho a distância).

E em fase de contagem decrescente para abraçar uma das pessoas mais espectaculares que conheço e das que mais amo neste mundo...

Isto sim são saudades. Não ver o meu irmão desde Dezembro, com quem partilhei todos os dias da minha vida até tenra idade.Com quem andei à porrada até ficar negra, até chorar baba e ranho e até dizer: "Eu odeio-te e nunca mais sou tua irmã!"

Saudades são não te ter aqui ao meu lado, ou mais perto que fosse, numa das alturas em que a vida me deu o maior sopapo nas fuças.

Saudades são ter tanto para te dizer, contar, partilhar, e quando olho para ti não conseguir dizer nada... na expectativa que tu saibas tudo só por transmissão de pensamento.

Saudades é ter vontade de te abraçar até te saltarem os olhos das temporas.

Saudades é saber que estou contigo, com vocês, e que não consigo de jeito nenhum deixar de ter saudades. 

Sinto saudades de toda a minha família, mas tu és tu, és a tal constante, és o que entendes o que mais ninguém imagina!! E não te vejo há muito mais tempo, por isso prepara daí esses ossos...



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