terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Solidão

Citando: 
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma". 



Diz que é do Chico Buarque e ao ler percebi então que me preciso de encontrar, porque realmente não sinto necessidade de companhia, não tenho falta de amigos, não me sinto só por falta de gente, mas sinto-me ausente de qualquer coisa, e ao ler isto, por mais estúpido que possa parecer, percebi que o que me falta é procurar-me e encontrar-me, é isso que me tem anestesiado... 

Ando num estado de apatia que até tem despertado alguns alertas nas pessoas mais próximas, mas não consigo ter aquela euforia do costume, já o disse aqui, que não entendia o porquê de agora me estar a acabar o gás, de ter ficado mais pensativa e introspectiva, de repente falta qualquer coisa, o óbvio será dizer que me falta alguém... Mas não é isso de que eu sinto falta, companhia não me falta, sentir que gostam de mim também não, mas continua a faltar.

Preciso de perceber onde estou e para onde vou a seguir, agora que começo a perceber de onde vim, e onde estive, agora que me caiu a ficha do virar de página, agora que percebo que precisamos de qualquer coisa que nos faça vibrar, mais do que de um alguém. 

Preciso do meu tempo para assimilar o muito que me tem atropelado, só isso. E quando digo muito é muito mesmo, que nunca me derrubou, que nunca me fez deixar de sorrir, que nunca me encostou às boxes, mas desta vez e depois deste "muito" acalmar é tempo de parar e pensar: "mas que raio ando eu a fazer da minha vida para tudo dar sempre tão errado".

Acho que é o cansaço do fracasso, é o basta ao imprevisto... parei e vou ficar assim, parada até perceber de que forma posso voltar a arrancar sem cair de um arranha-céus de 30 andares. Sei que a vida sem precalços não teria piada, mas está a perder é a piada de não ter mais nada senão precalços. Estava mesmo na hora de começar a correr bem...

Até lá fico-me com a minha "solidão" em busca da minha alma, da minha essência, do meu querer e da minha vontade de continuar, até lá fico quieta para não fazer asneiras. 


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