terça-feira, 3 de setembro de 2013

Os murros no estômago

Tenho a mania que aguento tudo e mais alguma coisa, eu é que sou valente, ainda por cima tenho alguns amigos e familiares que me fazem acreditar na minha heroicidade.
No entanto, aguento a maior turbulência na vida, os maiores socos no estômago, os maiores desgostos, as maiores facadas, as maiores desilusões, as maiores frustrações... aguento, vergo mas não quebro e mantenho-me de pé.

Até ao dia em que sem motivo aparente, uma ligeira brisa desfavorável parece me soprar ao ouvido e eu desmorono... Não pela brisa, porque essa nem vale a pena, porque se valesse não me tentava puxar o tapete...

Mas cedo por todo o peso que aguentei, por tudo o que nunca chorei, pelos risos forçados, pelo "a sério eu estou bem" quando não era, nem viria a ser verdade...
E tento a todo o custo perceber o porquê de me ter ido tão abaixo nos últimos dias e não entendo, tento encontrar qualquer coisa que me faça vibrar e não encontro.

Só sei que ando intolerante, impaciente, antipática e apática. Não me apetece aturar certas pessoas, não me apetece ver e ouvir certas coisas, não me apetece ter de partilhar o meu espaço nem os meus pensamentos.
Sinto uma revolta por logo agora a tristeza, o cansaço e o mau feitio se terem apoderado de mim.


Só tenho a dizer que não é que nos é dito, ou feito, mas o contexto... esse sim, faz toda a diferença e pode tirar-nos o sono a valer.


Não sei se espero para ver o que acontece, ou se salto fora do barco...

4 comentários:

  1. Posso não sentir realmente o que sentes, ou o que faz andares assim mas tens o meu apoio :)

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  2. É normal ir abaixo, ninguém é de ferro. Mas o mais importante é o vir ao de cima. E tu sabes fazê-lo bem. Tens prática no 'positivismo':)

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